O Inter não foi bem. Especialmente no primeiro tempo, apresentou pobreza no ataque, leque gasto de ações ofensivas, variedade quase nula de alternativas para desmantelar a defesa rival. Mas melhorou na etapa final. E fez os gols com Rafael Sobis e Leandro Damião.
O resultado deu aos colorados a primeira colocação do Grupo 6 da Libertadores, com 13 pontos. O Jaguares, apesar da derrota de 2 a 1 para o Jorge Wilstermann na Bolívia, avançou como segundo colocado. O Emelec foi eliminado.
O Inter aguarda o fechamento da rodada para saber quem enfrentará nas oitavas de final. Antes, tem Campeonato Gaúcho. No domingo, visita o Juventude em busca de vaga na decisão de returno do estadual.
O jogo: O Inter demorou de encaixar as jogadas no meio campo, o seu principal jogador de articulação estava mal em campo, D´Alessandro estava bem marcado pela zaga do Emelec que não deixava espaço pro camisa 10 criar e colocar os atacantes para concluir. Outro jogador o meia Andrezinho com um minuto de jogo, deu a falsa impressão de que o Inter esmagaria o adversário. Ele cobrou falta com perigo, e o goleiro do Emelec quase soltou a bola na cabeça de Rodrigo. Mas tudo não passou de uma ilusão, de uma miragem. Houve momentos em que os visitantes mais incomodaram do que foram incomodados. Jogadas de bola aérea se repetiram.
O Beira-Rio soltou suspiros coletivos de alívio em cada intervenção de Renan, em cada subida de Bolívar ou Rodrigo, em cada bola que ia para fora. José Quiñónez, de cabeça, quase marcou. Gimenez, pegando rebote na entrada da área, fez os torcedores fecharem os olhos nas arquibancadas.
O Inter também teve suas chances. Kleber mandou cruzamento precioso, no peito de Damião. Livre, o centroavante não conseguiu manter a bola sob seu controle. Não foi possível concluir a gol. Andrezinho, de cabeça, também deu alguma esperança. Vã. Era um primeiro tempo de 0 a 0.
Na segunda etapa a torcida resolveu jogar junto com o time,A bola estava parada no centro do campo, à espera do apito do árbitro, para voltar a rolar. De repente, foi ganhando forma um barulho, um urro coletivo, seguido de aplausos, de cantoria. “Inter! Inter! Inter!”, gritaram os colorados nas arquibancadas. Depois de um primeiro tempo tão ruim, a torcida mandou um recado: estaria ao lado do time na etapa final.
A reação dos colorados não fez o time jogar melhor. O Inter seguiu mal nos minutos iniciais do segundo tempo. Mas com a mais radical das diferenças: o gol. Foi aos sete minutos. E com a participação de D’Alessandro. Foi o meia quem arquitetou o cruzamento pela esquerda. A bola passou por Leandro Damião e chegou até Rafael Sobis, o dono da conclusão final. Ele estava um pouco adiantado, mas o gol valeu. Ufa...
O gol deixou o Inter mais leve. Chances foram criadas com maior naturalidade do que antes de a rede balançar. D’Alessandro, em linda jogada iniciada por ele mesmo, mandou chute perigoso. Quase. Leandro Damião, em chute rasteiro, fez Klimowicz trabalhar. Por pouco. Kleber, após conclusão do centroavante, desperdiçou chance clara. Detalhes.
Uma hora a bola voltaria a entrar. E foi com Leandro Damião. Aos 38 minutos, Guiñazu avançou com a bola e resolveu arriscar a gol. O goleiro deu rebote, e o centroavante completou. Aí estava morta a disputa. Era só deixar o tempo passar. Era só deixar Falcão sonhar. Mais de duas décadas depois, o ídolo segue em busca da Libertadores perdida.
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